sábado, 20 de setembro de 2008

As miragens do deserto

Muitas vezes, os beduínos atravessam longos e causticantes desertos, atrás de miragens que contemplam à distância.
Observando os seres e os fatos que acontecem nessas visões imaginárias, ora se empolgam, ora se desesperam.
Assim é a humanidade.
O homem, projetando a sua mente limitada sobre o meio ambiente, vê os objetos como seres individualizados e separados.
Nessas condições, tudo se torna uma grande miragem porque, em verdade, só existe um infinito indivisível e inseparável.
Todas as coisas e todos os acontecimentos que tanto nos impressionam são apensas formas ou aspectos que o infinito toma.
Desconhecendo ainda essa verdade, o homem, alucinadamente, vive em meio dessas miragens como se ela fosse a realidade absoluta; por isso, caminha sempre entre a dor e a decepção.
De tal modo nos fixamos nessas ilusões que passamos a viver como se nelas estivéssemos.
Daí a nossa caminhada de dores.
Dr. Belo

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