segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como usar as palavras

Certa vez uma jovem foi ter com um para confessar seus pecados.
Ele já conhecia muito bem uma das suas falhas.
Não que ela fosse má, mas costumava falar dos amigos, dos conhecidos, deduzindo histórias sobre eles.
Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam fazendo mal sem nenhum proveito para ninguém.
O sábio disse:
- minha filha você age mal falando dos outros, tenho que lhe dar um dever.
Você deverá comprar uma galinha no mercado e depois caminhar para fora da cidade.
Enquanto for andando, deverá arancar as penas e ir espalhando-as.
Não pare até ter depenado completamente a ave.
Quando tiver feito isso, volte e me conte.
Ela pensou com os seus botões que era mesmo um dever muito singular.
Mas não objetou.
Comprou a galinha, saiu da caminhando e arrancando as penas, como ele dissera.
Depois voltou ao sábio.
- minha filha- disse o sábio – você completou a primeira parte do dever.
Agora vem o resto.
- sim senhor, o que é?
- você deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.
- mas senhor é impossível, á esta hora o vento já espalhou por todas as direções.
Posso até conseguir algumas, mas não todas.
- É verdade, minha filha.
E não é isso mesmo que acontece com as palavras tolas que você deixa sair?
Não é verdade que você inventa histórias que vão sendo espalhadas por aí, de boca em boca, até ficarem fora do seu alcance?
Será que você conseguiria segui-las e cancelá-las se desejasse?
- não senhor.
- Então, minha filha, quando você sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre seus amigos, feche os lábios. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu caminho.
Elas ferem, magoam, e te afastam do principal objetivo da vida que é ter amigos e ser feliz.
Pense nisso, usando apenas lindas palavras.
Autor desconhecido

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