segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A escola dos bichos

Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para resolver os problemas do mundo.
Para isso organizaram uma escola.
A escola dos bichos estabeleceu um currículo de matérias que incluía correr, subir em árvores, em montanhas, nadar e voar.
Para facilitar as coisas, ficou decidido que todos os animais fariam todas as matérias.
O pato se deu muito bem em natação, até melhor que o professor.
Mas quase não passou de ano na aula de vôo, e estava indo muito mal na corrida, por causa de suas deficiências, ele precisou deixar um pouco de lado a natação e ter aulas extras de corrida.
Isto fez com que seus pés de pato ficassem muito doloridos, e o pato não era mais tão bom nadador como antes.
Mas estava passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando a ninguém exceto claro, ao pato.
O coelho era de longe o melhor corredor, no principio, mas começou a ter tremores nas pernas de tanto tentar aprender natação.
O esquilo era excelente em subida de árvore, mas enfrentava problemas constantes na aula de vôo, porque o professor insistia que ele precisava decolar do solo, e não de cima de um galho alto.
Com tanto esforço, ele tinha câimbras constantes, e foi apenas regular, em alpinismo, e fraco em corrida.
A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito à autoridade.
Nas provas de subida de arvore era invencível, mas insistia sempre em chegar lá da sua maneira.
A natação deixou muita a desejar.
Cada criatura tem capacidades e habilidades próprias, coisas que faz naturalmente bem, mas quando alguém o força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração e até culpa, provoca mediocridade e derrota total.
Um esquilo é um esquilo, nada mais que um esquilo.
Se insistirmos em afastá-lo daquilo que ele faz bem, ou seja, subir em árvores, para que ele seja um bom nadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir um incapaz.
A águia faz uma bela figura no céu, mas é ridícula numa corrida à pé.
No chão, o coelho ganha sempre.
A não ser, é claro, que a águia esteja com forme.
O que dizemos das criaturas da floresta vale para qualquer pessoa.
Deus não nos fez iguais.
Ele nunca quis que fossemos iguais.
Foi ele quem planejou e projetou as nossas diferenças, nossas capacidades especiais.
Descubra seus dons naturais.
autor desconhecido

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