terça-feira, 16 de setembro de 2008

A jóia perdida

Atravessando o deserto, um viajante viu um árabe montado ao pé de uma palmeira.
A pouca distância repousavam os seus cavalos, pesadamente carregados com valiosos objetos.
Aproximou-se dele e disse:
- Pareceis muito preocupado. Posso ajudar-vos em alguma coisa?
- Ah! - respondeu o árabe com tristeza
- estou muito aflito, porque acabo de perder a mais preciosa de todas as jóias.
- Que jóia era essa? Perguntou o viajante.
- Era uma jóia como jamais haverá outra - respondeu o seu interlocutor.
Estava talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do tempo.
Adornavam-na vinte e quatro brilhantes, em volta dos quais agrupavam-se sessenta menores.
Já vereis que tenho razão em dizer que jóia igual jamais poderá reproduzir-se.
- Por minha fé - disse o viajante
- a vossa jóia devia ser preciosa.
Mas não será possível que, com muito dinheiro, se possa fazer outra igual?
Voltando a ficar pensativo, o árabe respondeu:
- A jóia perdida era um dia, e um dia que se perde jamais se torna a encontrar.
Autor desconhecido

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